Adoro ouvir você contando as falhas da família e a maldição do sobrenome e justificando meus erros pela mesma maldição.
Eu acho o máximo o seu jeito malandro de lidar com as tarefas diárias e sua perspicácia em achar soluções mirabolantes para os problemas.
Eu admiro sua inteligência e facilidade de entender as entrelinhas e me aborreço por você insistir em dizer que é incapaz quando tudo prova que você é ótimo.
É um charme quando você de uma maneira bem clara fala indiretamente "não" e fica aborrecido por não ter sido compreendido.
Eu acho lindo esse seu jeito machão de negar a beleza da vida e o seu jeito marrento de não querer socializar.
Eu gosto de ouvir suas confissões e vê-lo fazer planos e sinto-me completamente à vontade para confessar também.
Tenho vergonha desse meu sentimentalismo barato. Afinal sou racional, direta e independente e sempre soube que você iria se cansar de mim, mas eu sinto falta de poder te contar tudo.
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