quarta-feira, 11 de junho de 2014

O grande paralelepípedo fervente

A maior pedra que carrego é a pedra da desilusão amorosa.
Eu acreditei que seria feliz no amor, mas errei por criar expectativas em outra pessoa e não em mim mesma.
Eu vivi um grande amor, mas talvez ele tenha vivido somente uma paixonite instantânea.
Eu tenho um filho que é fruto desse grande amor e eu posso vê-lo todos os dias. 
Fisicamente tão parecido que até dói de tão lindo...

Meu lado mulher está ferido e a auto estima bastante arranhada, mas meu lado mãe é o que mais sofre.
Eu valorizo tanto o papel da família para a formação de uma criança e de repente tenho que me conformar que meu filho não convive com o pai. Por mais que eu me esforce, eu não posso obrigar o pai a querer ver o filho. Eu não tenho como obriga-lo a ter interesse pelo menino.
Sinto uma angustia e uma preocupação constante sobre o que meu filho vai sentir quando ele entender que os amigos e até a irmã têm um pai. Ele nem sabe que existe essa figura, essa referencia na vida.

Para tirar essa pedra da minha mochila eu estou fazendo um exercício diário de aceitação. Se as circunstancias são diferentes do meu plano certamente são assim por algum motivo.
Meu filho hoje é feliz e não sente falta do pai, porque ele nem sabe que isso existe.
Se bobear ele não vai sentir nada diferente no futuro e não há nada que possa ser feito hoje para mudar essa situação.

Eu sei que fiz tudo que está ao meu alcance agora preciso confiar no universo.
Que meus filhos possam sempre receber muito amor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário